sábado, 17 de fevereiro de 2018

Redes Sociais e Crianças - Existe um Limite que Podemos Dar?

Sim, as tecnologias são uma maravilha a maior parte das vezes, melhor ainda, as novas tecnologias têm nos trazido soluções, interações e conexões que jamais foram pensadas pelas gerações anteriores, tal como elas nos chegaram de fato. 
Não havia um entendimento complexo e completo das muitas qualidades que as novas tecnologias trariam no seu bojo, no seu contexto. São indiscutíveis as inúmeras qualidades positivas do advento das novíssimas tecnologias de informação. Mas, como tudo na vida, há um outro lado do acesso às novas tecnologias que precisam ser pensadas.






Quais Limites Podem Ser Dados Numa Sociedade Cada Vez Mais Liberal?

Realmente, a sociedade tem começado a entender a complexidade de tipos de pessoas, modelos de comportamentos, variedade de jeitos de ser e de agir. Não é fácil lidar com tantas diferenças, inclusive diferença na maneira de educar as crianças.



Mas, os pais têm direito de educar seus filhos do sujeito, e no entanto, há modelos básicos de educação para qualquer criança, ou melhor dizendo, qualquer pessoa. 
Códigos criados em sociedade há muito tempo sobre direitos e deveres entre nós seres humanos ao nos relacionarmos uns com os outros.Respeito ao outro implica em respeitar as diferenças desse outro. 

Cordialidade, temperamento controlado, cuidado com estranhos, comportamento social aceitável (não destratar as pessoas, não invadir o espaço alheio, ser gentil com idosos,etc) são apenas alguns dos muitos rituais de conduta ( e portanto, limites do que podemos o não fazer) que passamos  uns para os outros - ou, deveríamos passar.


Existe Uma Idade Adequada Para a Criança Usar as Redes Sociais?

A idade adequada para uma criança começar a usar as redes sociais é, de certa forma, uma tomada de decisão que deve ser feita pelos pais e cuidadores essencialmente. 


Ponderando especificamente o grau de maturidade que os filhos (sobrinhos, afilhados, demais crianças) têm de certo/errado, bom/mau, cuidado/descuidado, precauções/relaxamento, etc. 

Especialistas que estudam este fenômeno indicam que há até compartilhamento de imagens íntimas pelas próprias crianças. 
Obviamente ciente de que as crianças, até dez anos, têm pouca noção da importância destes valores, ainda é um aprendizado para elas, não têm destreza e ponderação  suficientes para medir a necessidade destas atitudes e nós sim - os adultos - é que sabemos com clareza estes limites.

 E os Pais Que Estimulam o Uso Precoce das Rede Sociais?

Infelizmente muitos pais que estimulam precocemente o uso das redes sociais pelas crianças, expondo-as desnecessariamente a riscos. Motivados pelo suposto "sucesso" (financeiro ou outro) alcançado pela mega exposição nos canais de enorme acesso por estranhos. 

Alguns pais, talvez desconhecendo  magnitude dessa exposição frequente, postam eles mesmos, imagens e informações sobre suas crianças na internet.

Por outro lado, há outros pais que deixam as crianças à mercê, livremente, do uso de tablets, smartphones, computadores, com acesso indefinido à internet.

Isso também é um outro grande risco, pois envolvem crianças pequenas que nem sabem ler e escrever ainda.
Sabemos que às vezes, um simples clique inocente nos remete a muito conteúdo ruim na rede (pelo menos conteúdos que não são apropriados para crianças).

As redes sociais e a internet de uma maneira em geral é muito sedutora e como disse o entrevistado no vídeo do começo do artigo, libera hormônios do prazer em nosso corpo, nos fazendo querer mais e mais, sempre, incessantemente, como um vício qualquer, como cigarro, bebida ou comida.

Como tudo na vida tem um limite, melhor revermos o uso que fazemos da internet e redes sociais, pois podemos nos prejudicar física, mental e socialmente (etc).

Outro grande dilema da humanidade que rapidamente sucumbe às suas próprias criações, rompendo barreiras desnecessárias, semelhante à velha luta entre vício e virtude, como tantas outras em que causamos prejuízo a nós mesmos, quanto mais ao nos referimos às crianças.

Quais Medidas Podemos Tomar Para Proteger Melhor as Crianças? 

Especialistas recomendam algumas medidas que podem atenuar ou prevenir danos, veja algumas abaixo:


1- Uma boa medida de precaução é adiar o mais que pudermos a idade de as crianças entrarem em contato com as redes sociais;


2- As maiores redes sociais têm uma política de só aceitar inscrição de seus participantes a partir dos 13 anos -essa é uma boa dica para seguir;


3- Desde pequenos - sempre que puder - é bom estimular as crianças com outras atividades (criativas e/ou esportivas), para que não tenham só a opção da atividade virtual;


4- Regular os horários é muito importante, distribuir o tempo gasto entre as tarefas do dia, a escola, as tarefas escolares, as atividades extra-curriculares, as brincadeiras e o uso do computador. Um tempo adequado para cada uma;


5- Sempre procure assistir aos vídeos e jogos que as crianças gostam antes de deixá-los acessá-los para conhecer o conteúdo e quando puder, assista-os ou jogue com eles;


6- Bom senso e cautela não fazem mal, portanto, evite a super-exposição das crianças nas redes sociais;


7- Podemos dar exemplo (de moderação e controle), controlando nosso próprio uso das ferramentas de tecnologia, como notebooks, smartphones, etc.






veja mais em: http://diariosm.com.br/perfis-de-crianças-e-adolescentes-nas-redes-sociais-pode-gerar-dor-de-cabeça-nos-pais-ou-responsáveis-1.2013661 ; http://www.namu.com.br/artigos/tablet-para-criancas-riscos-e-limites ; https://www.kaspersky.com.br/blog/os-perigos-da-internet-para-as-criancas/3154/

domingo, 21 de janeiro de 2018

Jogos e Brincadeiras na Infância - Isso é Importante?

Geralmente, todos que somos educadores - pais, avós, professores, outros cuidadores - lidamos com o processo do jogo e da brincadeira através das crianças que cuidamos.  As novas pesquisas dizem que os estímulos sensoriais emocionais e sociais são tão importantes quanto o motor e o cognitivo.

A aprendizagem das crianças se dá no cotidiano também, não só na escola, e temos papel de destaque neste processo. Vamos entender melhor isso?



As vemos com os brinquedos que damos ou que receberam como presente de familiares e amigos, diariamente, sem nos darmos conta no entanto, de que aquilo, aquela situação, aquele gesto, o brincar, a brincadeira, a grande importância que exerce na vida dos nossos pequenos.  


Brincar, brincadeiras e jogos, são mesmo importantes assim?

Os estudiosos da área de educação/pedagogia, psicologia, e até da neurociência (dentre outros), já constataram que os jogos educativos, os jogos pedagógicos e até as brincadeiras e brinquedos triviais do cotidiano, são muito importantes para o desenvolvimento das crianças.

Estas  "simples atividades"  ajudam no processo de aquisição de conhecimento sobre o mundo - a motricidade, a sensorial e a cognitiva. Ou seja, a criança enriquece toda a sua constituição básica ao lidar, brincar, jogar, entreter-se nesta rotina que para nós às vezes não tem nenhuma importância, mas na verdade são estímulos preciosos.

 
Vídeo muito esclarecedor, não deixe de ver!
  

Existe algum tipo de brincadeira e jogo melhor que o outro?

Todo o conjunto de atividades proporcionadas às crianças (dentro de determinados aspectos, claro), será uma forma de descobertas e propostas ao estímulo de seu raciocínio, o que importa em verdade, é não deixá-la à própria sorte no ambiente - seja em casa, seja na escola. As vivências positivas operadas neste momento lhes darão ferramentas para se desenvolverem muito melhor nas interações da vida.

Embora muitas vezes ela saberá o que fazer com este "vazio" de opções (rs), se pudermos proporcionar-lhes um ambiente rico de "aprendizagens", melhor. E não precisa ser nada muito custoso ou super elaborado. Painéis sensoriais são ótimos! Enfim, com pouco esforço e alguma criatividade dos cuidadores, é possível dar às crianças ótimos instrumentos de desenvolvimento.


Por favor, esta aqui não é uma opção!!


Para o dia-a-dia há opções simples e baratas de jogos e brincadeiras? 

Claro que há! veja abaixo uma listinha básica de joguinhos e brinquedos legais:

1- Caixa de ovos: Uma simples caixa de ovos, de papelão ou de isopor, já serve para criar uns brinquedos. Pode-se enfiar um cadarço nos furos da caixa de papelão e trançar um t cadarço ou fita que a criança vai desfazer e tentar fazer de novo.

Mostre antes a ela!  Também dá para fazer uma lagarta com a caixa colocando olhinhos e antena; ou pinte uma folha de papel com uma sequência de cores, junte peças de lego e peça para ela tentar copiar. Este estímulo vai deixá-la curiosa.











2- Garrafas Pet - Todos lidamos com as famosas garrafas pet dos refrigerantes que dificilmente conseguimos nos livrar, é preciso aproveitar essa sucata e criar umas coisas legais, sem falar o que se pode fazer com as tampinhas das garrafas, inúmeras coisas como empilhamentos, jogo de damas, formação de pirâmides, montar bonecos e colares, etc. Mãos à obra!











  
É possível criar brinquedos e fazer brincadeiras incríveis com coisas que temos em casa, sucatas, etc. Muito pouco material é preciso comprar. 

Mas sempre crie estes materiais junta às crianças. Ela ficará encantada com a visão de algo tão trivial ser transformado em algo divertido. 

E, claro, envolva-se sempre que possível na brincadeira, isso é de fundamental importância para os pequenos, a relação educador e criança se fortalece, o vínculo se estreita e a "resposta" 



Algumas ideias de jogos educativos feitas de simples materiais   

                                                                                 
Eu mesma pratiquei* nos últimos dias a criação e confecção de alguns jogos educativos e vou partilhar aqui algumas destas ideias. A maior parte feita com sucata ou material acessível comprado em lojas populares de miudezas.Basta um "esforçozinho" de criatividade ou idas ao youtube para copiar as ideias sugeridas.   
        

 

Com três pacotes de haste para balões vendido em lojas de festas de aniversário você pode fazer esse jogo incrível que trabalha (intuitivamente, ou seja, sem perceber estas noções serão usadas) as cores (primárias, essenciais no começo), contagem (aleatória à princípio), motricidade (ao montar e encaixar as pecinhas), além de brincadeiras livres e lúdicas que a criança vai criar.




Com uma folha de papel de presente de R$1,50 fiz um jogo da memória, colando as figuras numa cartolina de caixa de embalagem que desmanchei: com um porta copos de R$2,50 fiz um jogo de encaixe (com rolos de papel higiênico, que podem ser pintados de guache); com um jogo de boliche de 4,00, um pacote de pequenas bolas coloridas fiz um jogo de boliche com cores primárias e por aí vai.


Estímulos são mesmo tão fundamentais para as crianças?

Como foi apontado no vídeo no começo deste artigo, os neurocientistas já chamaram a atenção da relevância que se deve dar aos aspectos neuro-científicos recentemente descobertos sobre a grande capacidade de aprendizagem das crianças pequenas, desde bebês de um ano apenas. 

Inclusive comentam no vídeo que muitas vezes, aquelas crianças "inquietas" de dois anos, apenas estão respondendo ao que o seu cérebro lhe envia sobre seu sistema motor e que é preciso lhes darmos estruturas criativas e estimulantes para lidar com isso e não obrigá-las a sentarem durante duas horas e - pior ainda - infelizmente defronte da televisão emburrecedora que temos.
Estimulações sensoriais, emocionais, mor ais, emocionais, cognitivas e motoras, são a chave de um crescimento amplo, rico, desenvolvedor de todos os aparelhos neurológicos que existem na criança e temos que pô-los em movimento, dispor às crianças um ambiente estimulante, criativo, emocional, sensorial e motor. Ajudá-las a amadurecer estes aparelhos fantásticos é nossa tarefa.

As crianças estão sedentas de experiência, como diz a educadora no vídeo. Não vamos guardar suas necessidades em caixas fechadas. As áreas do seu cérebro estão em constante crescimento sedentas de aprendizagem e conhecimento e cada uma corresponde a uma habilidade específica e todas devem ser respeitadas.


Cantar, brincar, contar histórias, usar jogos, interagir no espaço de casa (ou escola), levar a passeios criativos e curiosos, até vale visitar parentes, desde que as crianças sejam bem recebidas e não precisem ficar sentadas como estátuas o tempo todo. 

Ler histórias, sempre! Estar atento às demandas diárias da criança, trocar sempre os brinquedos (mas deixar o preferido perto...rs)  Serve as áreas de lazer do condomínio. Claro que pode ver desenhos e filmes também, mas bem atentos ao tempo dispensado nisso e sempre que der, interpretar e comentar os momentos impactantes.


Aprendizagem e desenvolvimento humano estão intrinsecamente ligados, as respostas na fase adulta são diferentes e muitos de nós temos várias dificuldades de aprendizagem que simplesmente são resultado das baixas ou nenhuma estimulação que tivemos na infância. Portanto: tem criança, deixa cair a ficha, temos muito o que fazer!








segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Bebês são pequenos gênios, você sabia?


Com a ciência - através das pesquisas científicas - e a tecnologia avançando cada vez mais, descobre-se informações incríveis sobre a capacidade dos bebês e crianças pequenas de uma maneira em geral. Não, eles não são bobos e não ficam repetindo como um papagaio como costumamos dizer. O que fazem na verdade com a repetição é experimentar os fatos e fenômenos, além das sensações, a fim de descobrir (aprender) novas informações e dados, superar o que aprendeu e ter controle sobre eles.


Ou seja, além de adoráveis criaturas inocentes e motivo de esperança para o mundo, são geniozinhos natos que muitas vezes os cuidadores impacientes, intolerantes, frios, descuidados, apáticos e até perversos -infelizmente - destroem este potencial por descuido, descaso e ignorância. 


De que tipo de inteligência estamos falando?
Há muitas pesquisas já produzidas, outras recentemente lançadas e naturalmente devem haver outras sendo planejadas, no sentido de investigar mais a fundo as capacidades neurológicas , cognitivas, psicológicas, comportamentais e cerebrais (como um todo) dos bebês.

As últimas pesquisas feitas por psicólogos, neurocientistas, e até estatísticos, dentre outros cientistas de diversas áreas, os surpreenderam pelas novas perspectivas acerca dos complexos e fascinantes modos pelos quais os bebês e crianças pequenas aprendem e interagem com o mundo que os cerca. 



Estas lindas criaturas se entediam com ações previsíveis e adoram descobertas novas diariamente (trocando em miúdos, odeiam mesmice). Perceberam que eles utilizam uma lógica própria para compreender como as coisas funcionam e quais respostas determinadas situações produzem através das análises que fizeram sobre aquele "processo" específico. Foram "projetados" para entender, descobrir e aprender.



Em outras palavras, reconhecem ação e reação, bem como que tipo de ações executar a fim de conseguir tal e tal resultado. Genial, não?  Longe inclusive do que preconizava o velho e bom mestre Piaget. Eles não são superficiais de maneira alguma, mentalizam e observam atentamente cada função de um objeto, as ações dos fenômenos e até nossas reações diante das ocorrências cotidianas, depois elaboram "análises" sobre tudo isso.

Somos nós que devemos aprender com eles então?
Rsrs...Pois é. Até a versão tradicionalista de afirmar que os bebês são puramente egocêntricos, está sendo refutada a partir das últimas descobertas (dos últimos 20 anos). Eles entendem boa parte das nossas necessidades - têm empatia - e descobriu-se que o cérebro dos bebês são mais flexíveis que o nosso cérebro de adulto e que as conexões entre seus neurônios são em maior quantidade. O aprendizado do mundo que os permeia se dá através das suas próprias experimentações. 

Você viu o filme "O Começo da Vida"?

Neste filme, a diretora Estella Renner mostra de maneira encantadora, baseando-se na experiência de muitos pais , as novas descobertas dos especialistas , da neurociência, da psicologia, etc, sobre as fantásticas novidades a respeito dos bebês e crianças pequenas. À luz destas impressionantes revelações, aponta a extrema importância da dedicação com os pequenos desde a gestação até os 1ºs anos; como isto é indispensável para o bem-estar físico, intelectual e emocional deles e como esse universo repercutirá na idade adulta.



O que podemos fazer para preparar um ambiente adequado?
Inúmeras opções são possíveis de organizar no ambiente da criança visando uma transformação de uma simples rotina em casa num ambiente educativo ou, pelo menos, criativo e estimulante. Mas dá sim, para providenciar um espaço adequado e um cotidiano enriquecedor. Lembre-se dos brinquedos educativos, livros educativos, tevê com tempo reduzido (escolhendo bem o que oferece), de contar histórias, cantar músicas, mostrar-lhes todos os pormenores da casa, brincar com eles, levá-los para passear e lidar com as novidades que surgirem.














Mas, se puder, tente criar um ambiente montessoriano
Estantes na altura das crianças com os objetos de seu uso do dia-a-dia à sua disposição, apoio (banquinhos) para ficar na altura de móveis maiores (ou das pias), brinquedos dispostos com ordem, brinquedos sensoriais, matemáticos, alfabéticos, jogos de memória, globos, sistema solar, cores e etiquetas específicas na organização dos materiais, etc. Enfim, todo um aparato não muito complexo para oferecer uma dose maior de estímulos à disposição deles.E tudo sempre em ordem, nada de caos.

Por que é bom o ambiente montessoriano?

Maria Montessori foi uma médica italiana que deixou um legado educacional indiscutível e excepcional para pais, educadores e crianças. Uma de suas contribuições se refere à preparação do ambiente, a ordem deste e como deve ser a interação da criança com este ambiente. 
Ela observou que as crianças com oportunidades de escolher as atividades que quer fazer e de praticar livremente (a auto-educação), mas dentro de um espaço com planejamento de acordo com seu desenvolvimento - atividades de natureza cultural, artística, científica, livros, etc -. Desse jeito a apoiamos na experiência de crescer e se desenvolver, porque ela quer absorver seu ambiente.                               

                                       
Além da casa preparada, o que mais posso fazer?
Além de agilizar um pouco algumas coisas (possíveis) em casa, os pais e cuidadores podem oferecer à criança oportunidades e experiências sensoriais e práticas muito úteis na formação do desenvolvimento delas. Não precisa ser por "obrigação", nem precisa ser todo final de semana, mas sempre que puder e quiser incrementar o roteiro de vocês.

Veja as dicas a seguir:

01- Visite o zoológico → Mas sempre nomeie os animais, imite seu som e comente algumas coisas sobre ele - tem 4 patas, é vertebrado, olha as listras! etc.

02- Visite museus → Além de apenas apreciarem as obras, comente algo sobre algumas : - Olha quanta cor!; - Esse material é duro (caso de esculturas);- O que será isso? etc.

03- Visite exposições → Sempre há alguma exposição na cidade, procure uma interessante e leve-a, por exemplo: os modelos de aviões de Santos Dumont; Modelos de Leonardo da Vinci; De dinossauros! etc.

04- Vá ao teatro → Quando der, encontre uma boa peça infantil e leve seu filho (a). Escolha a idade adequada e boa diversão. Obs: dependendo da idade, as peças não podem ter longa duração.

05- Vá ao parque → O parque é uma experiência prática e sensorial riquíssima. Ao menos três vezes ao ano tente levar a criança. Claro que levando-a aos brinquedos adequados à sua idade e não necessariamente  os que são pagos.

06- Vá à praia → Não precisa nem dizer o quanto a praia é sensorial, não é? Areia, água, pedrinhas, sol, vento, talvez até pequenos bichinhos para ver... Aproveitem, levem brinquedos e sempre tomando todas as precauções e cuidados.

07- Vá à casa de parentes e amigos → mas não os deixe à toa o tempo todo, interaja com elas e outras crianças sempre que puder, promova brincadeiras e jogos. Até um simples balão de soprar faz a diferença.

  


Veja mais em: https://www.youtube.com/watch?v=1Kxffmj78Os ; https://www.youtube.com/watch?v=nWbcLVzmj7E ;

domingo, 17 de dezembro de 2017

Dicas de Vídeos de Animação Incríveis Para os Pequenos

Hoje é uma postagem atípica. As férias chegaram, há muito tempo livre para preencher com coisas legais. Seguem vídeos de animação (muito curtos) que além de muito divertidos têm temáticas sócio-educativas que tratam de inclusão, diversidade, solidariedade, amizade, respeito, esperança, força de vontade, etc. Boa diversão!

1- FOR THE BIRDS
  Gracioso, extremamente bem feito e impregnando de valores que precisamos incutir nas crianças       desde cedo, esta animação da produtora Pixar, aproveita a história de um grupo de passarinhos           para mostrar que para vivermos juntos, precisamos de instrumentos humanos como tolerância,           aceitação da diversidade, capacidade de conviver em  equipe, compreensão, mesmo que                   precisemos preservar nossa individualidade, os valores da convivência respeitosa e da empatia são     indispensáveis à vida.



2-PARTLY CLOUD (Festa nas nuvens)
Animação surpreendente com personagens bastante diferentes. Uma nuvem e uma cegonha são companheiros de trabalho incubidos da m issão dos cuidados com os recém nascidos bebês animais. Só que a dupla enfrenta dificuldades, pois os "seus filhotes" são muito peculiares: bravos, difíceis violentos. No entanto, os dois terão que lidar com o problema juntos. Lição sobre os tropeços nas relações e a superação.


3- KIWI O PASSARINHO QUE NÃO PODIA VOAR
Kiwi é um pássaro, mas não voa. E faz inúmeras tentativas para conseguir voar. Esperto e inquieto tem uma ideia para simular seu grande sonho. Quem somos nós para julgar os sonhos alheios não é? pelo menos não deveríamos. Uma historinha curta e que diz muito sobre enfrentar as dificuldades, se superar, não ficar se lamentando, ir para frente, com a linguagem encantadora dos curtas de animação. Além de apontar para a perspectiva de não julgarmos pelas aparências.


4- A PONTE (BRIDGE)
Nem sempre a vida é linear e sai tudo redondinho, certinho como seria o ideal, o sonho de todos nós. Às vezes somos surpreendidos por obstáculos, dificuldades - grandes ou pequenas - transbordamento ou descontrole das emoções, e surpresas de todo tipo. E nem sempre reagimos bem a tudo isso, podemos ainda piorar as coisas. É o que acontece com um simples fato na vida destes quatro animais que precisam atravessar uma ponte e enquanto alguns não lidam bem com isso, outros reagem com  mais ponderação.

 5- LA LUNA (A LUA)
Encantador, singelo, imperdível. A animação traz embutida lindas mensagens e tanto as crianças como os adultos deveriam assistir. A história gira em torno de um garoto que vai auxiliar seu pai e o avô no trabalho.Além de descobrir o incrível trabalho que eles fazem, depara-se com a descoberta das pequenas desavenças e diferenças familiares, que no entanto não o fazem esmorecer diante dos imprevistos. Encontrando seu próprio modo de agir e ponto de vista sobre uma determinada situação, o pequeno além de aprender e crescer, ilumina a rotina de convivência entre seus mentores e todos saem lucrando com o aprendizado intra-familiar e o compartilhamento de diferenças que podem ser conciliáveis.
   
6- GERI`S GAME (O JOGO DE GERI)
Criativo, diferente, inteligente. Este curta de animação da Pixar, realmente surpreende. Nele, um velhinho joga xadrez num parque e curiosamente, joga consigo mesmo, como se fossem dois Geris jogando, o Geri astuto, ambicioso e provocador e o Geri engenhoso e tolerante. No entanto, a disputa vai ficando cada vez mais acirrada até que provoca uma reação imprevisível no Geri "bonzinho".  Quando tudo parece perdido, ele , além de se recuperar, vira o jogo de maneira inacreditável superando, no caso, a si mesmo.


7- Piper
Piper já foi apresentado no BLOG em um artigo só com ele como atração. A impecável animação, além de linda, mostra a história de um uma ave que instigada por sua mãe, precisa dar os primeiros em direção a auto-suficiência e aprender a se alimentar. Só que não é fácil para ele , pois morre de medo da água e é justamente nela que precisa encontrar o alimento. Piper vai lidar com seu medo, sua dependência e gradualmente enfrentar os percalços da aventura que se chama crescer, sempre auxiliado por amigos e sua mãe que o incentivam nesse contínuo aprendizado que é viver. Imperdível!



8- O PRESENTE                                                                                                                Além, de ter se baseado na obra de um brasileiro  (Fábio Coala) e ter ganho cerca de 50 prêmios, este curta é emocionante. Mostra a animação um garoto como tantos outros, aficcionado a vídeos-games que não pára de jogar, mesmo quando  mãe chega em casa lhe entrega uma caixa e lhe diz que tem um presente nela.Quando resolve abrir é surpreendido por um filhote de cachorro só com três patas, que no entanto, é alegre e não pára um minuto de brincar e tentar chamar a atenção do menino que à princípio não lhe dá chance. Mas, pouco a pouco a empatia vai surgindo e...o final é uma lição de vida, veja!  
                            










terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Abandono e Maus - tratos a Crianças - Onde está a Solidariedade?

O abuso infantil existe em todo o planeta em números enormes de casos - muitas vezes em diversos lugares, sempre crescentes. No Brasil também as estatísticas são horríveis. Os vídeos apresentados neste artigo são fortes e não sentimos a menor vontade de compartilhar. 

Vamos refletir um pouco sobre algo muito impactante e ainda demasiadamente triste: o abandono, abusos e maus-tratos praticados contra as crianças.O descaso com as crianças no mundo tem sido cada vez mais gritante e o Brasil não fica de fora dessa estatística absurda




Se partirmos do princípio de que o futuro pertence às gerações mais novas (de hoje), que tipo de futuro estamos projetando? e nãos estamos falando de um futuro longíquo, distante demais para nem levarmos em conta já que nem estaremos nele. Estamos falando de um breve futuro. Hoje destruímos nossa sociedade gradativamente com todo tipo de destruição que possamos imaginar (ecológica, social, econômica, emocional, etc) e também não cooperamos muito no que diz respeito ao que fazemos com as crianças.

          


O que posso fazer por crianças abandonadas?                                                                         
Sem entrar aqui no âmbito da situação de pobreza que agrava ainda mais o quadro da estigmatização da infância, falemos dos menores em situação de risco pelas ruas. Abandonados à própria sorte por seus pais em boa parte dos casos, marginalizando-se cotidianamente sem nenhum ou quase nenhum respaldo de autoridades com alguma atenuante do quadro. 

Dezenas de especialistas debruçam-se sobre o tema a fim de tentar aplacar a gravidade das repercussões sobre as próprias crianças e a sociedade. É preciso pensar em medidas que, se não puderem sanar o problema, que dêem às crianças oportunidades de ressocialização e inserção na vida cotidiana de maneira digna. Sem que precisemos sempre - às pressas - fechar as janelas do carro.

                            

E o estatuto da Criança e do adolescente, onde fica?

Infelizmente, o Estatuto da Criança e do Adolescente  (ECAnão tem conseguido a eficácia pretendida tendo em vista a finalidade de sua criação. Muito poucas ações efetivas em meio a imensa gama de problemas existentes em relação à criança e ao adolescente tem sido conseguidas. 

As Varas de Infância e Juventude estão lotadas de casos e junte-se a isso a morosidade da Justiça que agrava  mais a situação. Some-se a isso a intolerância da sociedade que, apavorada com o quadro de violência no país, alguns praticados por menores, não quer fazer parte dessa discussão, como se dissesse : "não é problema meu".

                                  

O que eu posso fazer para tentar ajudar de alguma maneira? 

Realmente, é muito difícil tomarmos atitudes práticas e eficientes, em curto prazo, que resolvam ma demanda tão carregada de sofrimento e repercussões. No entanto, podemos praticar gestos pelo menos "empáticos" em relação a um contexto tão ruim. Um deles é preparar as crianças , as "nossas crianças", para o aprendizado da solidariedade. De alguma maneira encontrar uma forma de ensiná-las a serem solidárias com a dor do outro.    
                                                                                                                
Talvez participar de campanhas de doações, ou comprar produtos que ajudem alguma instituição de amparo na sua cidade (em pontos reais, como uma padaria, livraria, mercadinho, etc Descubra um jeito seu e de sua família para ser legal com os menos favorecidos e diga, por exemplo, às crianças: "Olha, você tem tantos brinquedos incríveis, este ano no natal vamos separar alguns para doar em tal posto de coleta tal, para as crianças de tal lugar, etc". 
Ou você os ajuda a fazer um "cofrinho do dia das crianças" e vão comprar brinquedos novos para o filho do zelador, o filho da faxineira, etc. E nada de doar os quebrados e defeituosos! Neste estado não servem para nenhuma criança.                  

E que tal um aniversário de seu filho com o tema solidariedade? Não se assuste, há muitas mães, inclusive as famosas "celeridades", fazendo festinha de aniversário na qual o presente do aniversariante é a doação de uma lata de leite em pó por exemplo ... Nossos filhos sempre têm "tudo" não é mesmo?

Como se não fosse suficiente os maus-tratos, ainda há o "abandono afetivo

Embora não se possa obrigar ninguém, mesmo dentro de um ambiente familiar, a ter pelo outro qualquer tipo de afetividade, entretanto espera-se que o cuidador de uma criança seja afetuoso com ela. Seria o ideal, mas infelizmente muitas vezes, mais do que pesamos, não funciona assim. Mas, segundo a lei, ao menos obriga-se que este protetor (o cuidador) haja de uma forma que se mantenha a saúde física e psíquica desta criança. 

Ainda assim, em várias ações judiciais que correm nas varas de família pelo mundo e no Brasil também, muitos filhos começam a exigir na justiça que seus pais omissos afetivamente, lhes paguem indenizações por "abandono afetivo". O assunto é controverso e muitas polêmicas têm suscitado. No espaço público, essa questão do abandono afetivo é ainda mais grave.

                                 

Você conhece o Conselho Tutelar? Disque 100

O Conselho Tutelar é um órgão público ligado às prefeituras das cidades brasileiras.  Sua função é cuidar dos direitos das crianças e dos adolescentes, assegurando sempre o seu cumprimento. Cada município no Brasil deveria ter um Conselho Tutelar, tenta-se que essa meta seja cumprida. Ele é um órgão fixo, ou seja, não pode ser eliminado de maneira alguma. Como este órgão não é conexo ao Poder Judiciário, possui autonomia, quer dizer que pode tomar decisões sozinho.
Conselho Tutelar é composto de um total de ao menos cinco pessoas, destas, três devem ser eleitas pelos próprios cidadãos. Eles cuidam essencialmente da salvaguarda dos direitos básicos negados às crianças e adolescentes, além de ajudar na orientação dos familiares nos problemas e questões difíceis.


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