Se partirmos do princípio de que o futuro pertence às gerações mais novas (de hoje), que tipo de futuro estamos projetando? e nãos estamos falando de um futuro longíquo, distante demais para nem levarmos em conta já que nem estaremos nele. Estamos falando de um breve futuro. Hoje destruímos nossa sociedade gradativamente com todo tipo de destruição que possamos imaginar (ecológica, social, econômica, emocional, etc) e também não cooperamos muito no que diz respeito ao que fazemos com as crianças.
O que posso fazer por crianças abandonadas?
Sem entrar aqui no âmbito da situação de pobreza que agrava ainda mais o quadro da estigmatização da infância, falemos dos menores em situação de risco pelas ruas. Abandonados à própria sorte por seus pais em boa parte dos casos, marginalizando-se cotidianamente sem nenhum ou quase nenhum respaldo de autoridades com alguma atenuante do quadro.
Dezenas de especialistas debruçam-se sobre o tema a fim de tentar aplacar a gravidade das repercussões sobre as próprias crianças e a sociedade. É preciso pensar em medidas que, se não puderem sanar o problema, que dêem às crianças oportunidades de ressocialização e inserção na vida cotidiana de maneira digna. Sem que precisemos sempre - às pressas - fechar as janelas do carro.
E o estatuto da Criança e do adolescente, onde fica?
Infelizmente, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) não tem conseguido a eficácia pretendida tendo em vista a finalidade de sua criação. Muito poucas ações efetivas em meio a imensa gama de problemas existentes em relação à criança e ao adolescente tem sido conseguidas.
As Varas de Infância e Juventude estão lotadas de casos e junte-se a isso a morosidade da Justiça que agrava mais a situação. Some-se a isso a intolerância da sociedade que, apavorada com o quadro de violência no país, alguns praticados por menores, não quer fazer parte dessa discussão, como se dissesse : "não é problema meu".
O que eu posso fazer para tentar ajudar de alguma maneira?
Realmente, é muito difícil tomarmos atitudes práticas e eficientes, em curto prazo, que resolvam ma demanda tão carregada de sofrimento e repercussões. No entanto, podemos praticar gestos pelo menos "empáticos" em relação a um contexto tão ruim. Um deles é preparar as crianças , as "nossas crianças", para o aprendizado da solidariedade. De alguma maneira encontrar uma forma de ensiná-las a serem solidárias com a dor do outro.
Ou você os ajuda a fazer um "cofrinho do dia das crianças" e vão comprar brinquedos novos para o filho do zelador, o filho da faxineira, etc. E nada de doar os quebrados e defeituosos! Neste estado não servem para nenhuma criança.
E que tal um aniversário de seu filho com o tema solidariedade? Não se assuste, há muitas mães, inclusive as famosas "celeridades", fazendo festinha de aniversário na qual o presente do aniversariante é a doação de uma lata de leite em pó por exemplo ... Nossos filhos sempre têm "tudo" não é mesmo?
Como se não fosse suficiente os maus-tratos, ainda há o "abandono afetivo
Embora não se possa obrigar ninguém, mesmo dentro de um ambiente familiar, a ter pelo outro qualquer tipo de afetividade, entretanto espera-se que o cuidador de uma criança seja afetuoso com ela. Seria o ideal, mas infelizmente muitas vezes, mais do que pesamos, não funciona assim. Mas, segundo a lei, ao menos obriga-se que este protetor (o cuidador) haja de uma forma que se mantenha a saúde física e psíquica desta criança.
Ainda assim, em várias ações judiciais que correm nas varas de família pelo mundo e no Brasil também, muitos filhos começam a exigir na justiça que seus pais omissos afetivamente, lhes paguem indenizações por "abandono afetivo". O assunto é controverso e muitas polêmicas têm suscitado. No espaço público, essa questão do abandono afetivo é ainda mais grave.
Você conhece o Conselho Tutelar? Disque 100
O Conselho Tutelar é um órgão público ligado às prefeituras das cidades brasileiras. Sua função é cuidar dos direitos das crianças e dos adolescentes, assegurando sempre o seu cumprimento. Cada município no Brasil deveria ter um Conselho Tutelar, tenta-se que essa meta seja cumprida. Ele é um órgão fixo, ou seja, não pode ser eliminado de maneira alguma. Como este órgão não é conexo ao Poder Judiciário, possui autonomia, quer dizer que pode tomar decisões sozinho.
O Conselho Tutelar é composto de um total de ao menos cinco pessoas, destas, três devem ser eleitas pelos próprios cidadãos. Eles cuidam essencialmente da salvaguarda dos direitos básicos negados às crianças e adolescentes, além de ajudar na orientação dos familiares nos problemas e questões difíceis.
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veja mais em: http://www.portaldoconselhotutelar.com.br/ ; http://www.crianca.mppr.mp.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1082 ; https://www.terra.com.br/noticias/dino/abandono-afetivo-pode-configurar-dano-moral-saiba-quando-se-justifica-a-indenizacao,31837fe21c8a3922e06140447e34b176sush61yp.html ; http://www.contioutra.com/10-formas-de-ajudar-seu-filho-a-ser-mais-solidario-no-futuro/ :http://upb.org.br/noticias/criancas-e-adolescentes-em-situacao-de-risco--medida-judicial-comterao-casa-lar-em-santo-amaro/
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