segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Bebês são pequenos gênios, você sabia?


Com a ciência - através das pesquisas científicas - e a tecnologia avançando cada vez mais, descobre-se informações incríveis sobre a capacidade dos bebês e crianças pequenas de uma maneira em geral. Não, eles não são bobos e não ficam repetindo como um papagaio como costumamos dizer. O que fazem na verdade com a repetição é experimentar os fatos e fenômenos, além das sensações, a fim de descobrir (aprender) novas informações e dados, superar o que aprendeu e ter controle sobre eles.


Ou seja, além de adoráveis criaturas inocentes e motivo de esperança para o mundo, são geniozinhos natos que muitas vezes os cuidadores impacientes, intolerantes, frios, descuidados, apáticos e até perversos -infelizmente - destroem este potencial por descuido, descaso e ignorância. 


De que tipo de inteligência estamos falando?
Há muitas pesquisas já produzidas, outras recentemente lançadas e naturalmente devem haver outras sendo planejadas, no sentido de investigar mais a fundo as capacidades neurológicas , cognitivas, psicológicas, comportamentais e cerebrais (como um todo) dos bebês.

As últimas pesquisas feitas por psicólogos, neurocientistas, e até estatísticos, dentre outros cientistas de diversas áreas, os surpreenderam pelas novas perspectivas acerca dos complexos e fascinantes modos pelos quais os bebês e crianças pequenas aprendem e interagem com o mundo que os cerca. 



Estas lindas criaturas se entediam com ações previsíveis e adoram descobertas novas diariamente (trocando em miúdos, odeiam mesmice). Perceberam que eles utilizam uma lógica própria para compreender como as coisas funcionam e quais respostas determinadas situações produzem através das análises que fizeram sobre aquele "processo" específico. Foram "projetados" para entender, descobrir e aprender.



Em outras palavras, reconhecem ação e reação, bem como que tipo de ações executar a fim de conseguir tal e tal resultado. Genial, não?  Longe inclusive do que preconizava o velho e bom mestre Piaget. Eles não são superficiais de maneira alguma, mentalizam e observam atentamente cada função de um objeto, as ações dos fenômenos e até nossas reações diante das ocorrências cotidianas, depois elaboram "análises" sobre tudo isso.

Somos nós que devemos aprender com eles então?
Rsrs...Pois é. Até a versão tradicionalista de afirmar que os bebês são puramente egocêntricos, está sendo refutada a partir das últimas descobertas (dos últimos 20 anos). Eles entendem boa parte das nossas necessidades - têm empatia - e descobriu-se que o cérebro dos bebês são mais flexíveis que o nosso cérebro de adulto e que as conexões entre seus neurônios são em maior quantidade. O aprendizado do mundo que os permeia se dá através das suas próprias experimentações. 

Você viu o filme "O Começo da Vida"?

Neste filme, a diretora Estella Renner mostra de maneira encantadora, baseando-se na experiência de muitos pais , as novas descobertas dos especialistas , da neurociência, da psicologia, etc, sobre as fantásticas novidades a respeito dos bebês e crianças pequenas. À luz destas impressionantes revelações, aponta a extrema importância da dedicação com os pequenos desde a gestação até os 1ºs anos; como isto é indispensável para o bem-estar físico, intelectual e emocional deles e como esse universo repercutirá na idade adulta.



O que podemos fazer para preparar um ambiente adequado?
Inúmeras opções são possíveis de organizar no ambiente da criança visando uma transformação de uma simples rotina em casa num ambiente educativo ou, pelo menos, criativo e estimulante. Mas dá sim, para providenciar um espaço adequado e um cotidiano enriquecedor. Lembre-se dos brinquedos educativos, livros educativos, tevê com tempo reduzido (escolhendo bem o que oferece), de contar histórias, cantar músicas, mostrar-lhes todos os pormenores da casa, brincar com eles, levá-los para passear e lidar com as novidades que surgirem.














Mas, se puder, tente criar um ambiente montessoriano
Estantes na altura das crianças com os objetos de seu uso do dia-a-dia à sua disposição, apoio (banquinhos) para ficar na altura de móveis maiores (ou das pias), brinquedos dispostos com ordem, brinquedos sensoriais, matemáticos, alfabéticos, jogos de memória, globos, sistema solar, cores e etiquetas específicas na organização dos materiais, etc. Enfim, todo um aparato não muito complexo para oferecer uma dose maior de estímulos à disposição deles.E tudo sempre em ordem, nada de caos.

Por que é bom o ambiente montessoriano?

Maria Montessori foi uma médica italiana que deixou um legado educacional indiscutível e excepcional para pais, educadores e crianças. Uma de suas contribuições se refere à preparação do ambiente, a ordem deste e como deve ser a interação da criança com este ambiente. 
Ela observou que as crianças com oportunidades de escolher as atividades que quer fazer e de praticar livremente (a auto-educação), mas dentro de um espaço com planejamento de acordo com seu desenvolvimento - atividades de natureza cultural, artística, científica, livros, etc -. Desse jeito a apoiamos na experiência de crescer e se desenvolver, porque ela quer absorver seu ambiente.                               

                                       
Além da casa preparada, o que mais posso fazer?
Além de agilizar um pouco algumas coisas (possíveis) em casa, os pais e cuidadores podem oferecer à criança oportunidades e experiências sensoriais e práticas muito úteis na formação do desenvolvimento delas. Não precisa ser por "obrigação", nem precisa ser todo final de semana, mas sempre que puder e quiser incrementar o roteiro de vocês.

Veja as dicas a seguir:

01- Visite o zoológico → Mas sempre nomeie os animais, imite seu som e comente algumas coisas sobre ele - tem 4 patas, é vertebrado, olha as listras! etc.

02- Visite museus → Além de apenas apreciarem as obras, comente algo sobre algumas : - Olha quanta cor!; - Esse material é duro (caso de esculturas);- O que será isso? etc.

03- Visite exposições → Sempre há alguma exposição na cidade, procure uma interessante e leve-a, por exemplo: os modelos de aviões de Santos Dumont; Modelos de Leonardo da Vinci; De dinossauros! etc.

04- Vá ao teatro → Quando der, encontre uma boa peça infantil e leve seu filho (a). Escolha a idade adequada e boa diversão. Obs: dependendo da idade, as peças não podem ter longa duração.

05- Vá ao parque → O parque é uma experiência prática e sensorial riquíssima. Ao menos três vezes ao ano tente levar a criança. Claro que levando-a aos brinquedos adequados à sua idade e não necessariamente  os que são pagos.

06- Vá à praia → Não precisa nem dizer o quanto a praia é sensorial, não é? Areia, água, pedrinhas, sol, vento, talvez até pequenos bichinhos para ver... Aproveitem, levem brinquedos e sempre tomando todas as precauções e cuidados.

07- Vá à casa de parentes e amigos → mas não os deixe à toa o tempo todo, interaja com elas e outras crianças sempre que puder, promova brincadeiras e jogos. Até um simples balão de soprar faz a diferença.

  


Veja mais em: https://www.youtube.com/watch?v=1Kxffmj78Os ; https://www.youtube.com/watch?v=nWbcLVzmj7E ;

domingo, 17 de dezembro de 2017

Dicas de Vídeos de Animação Incríveis Para os Pequenos

Hoje é uma postagem atípica. As férias chegaram, há muito tempo livre para preencher com coisas legais. Seguem vídeos de animação (muito curtos) que além de muito divertidos têm temáticas sócio-educativas que tratam de inclusão, diversidade, solidariedade, amizade, respeito, esperança, força de vontade, etc. Boa diversão!

1- FOR THE BIRDS
  Gracioso, extremamente bem feito e impregnando de valores que precisamos incutir nas crianças       desde cedo, esta animação da produtora Pixar, aproveita a história de um grupo de passarinhos           para mostrar que para vivermos juntos, precisamos de instrumentos humanos como tolerância,           aceitação da diversidade, capacidade de conviver em  equipe, compreensão, mesmo que                   precisemos preservar nossa individualidade, os valores da convivência respeitosa e da empatia são     indispensáveis à vida.



2-PARTLY CLOUD (Festa nas nuvens)
Animação surpreendente com personagens bastante diferentes. Uma nuvem e uma cegonha são companheiros de trabalho incubidos da m issão dos cuidados com os recém nascidos bebês animais. Só que a dupla enfrenta dificuldades, pois os "seus filhotes" são muito peculiares: bravos, difíceis violentos. No entanto, os dois terão que lidar com o problema juntos. Lição sobre os tropeços nas relações e a superação.


3- KIWI O PASSARINHO QUE NÃO PODIA VOAR
Kiwi é um pássaro, mas não voa. E faz inúmeras tentativas para conseguir voar. Esperto e inquieto tem uma ideia para simular seu grande sonho. Quem somos nós para julgar os sonhos alheios não é? pelo menos não deveríamos. Uma historinha curta e que diz muito sobre enfrentar as dificuldades, se superar, não ficar se lamentando, ir para frente, com a linguagem encantadora dos curtas de animação. Além de apontar para a perspectiva de não julgarmos pelas aparências.


4- A PONTE (BRIDGE)
Nem sempre a vida é linear e sai tudo redondinho, certinho como seria o ideal, o sonho de todos nós. Às vezes somos surpreendidos por obstáculos, dificuldades - grandes ou pequenas - transbordamento ou descontrole das emoções, e surpresas de todo tipo. E nem sempre reagimos bem a tudo isso, podemos ainda piorar as coisas. É o que acontece com um simples fato na vida destes quatro animais que precisam atravessar uma ponte e enquanto alguns não lidam bem com isso, outros reagem com  mais ponderação.

 5- LA LUNA (A LUA)
Encantador, singelo, imperdível. A animação traz embutida lindas mensagens e tanto as crianças como os adultos deveriam assistir. A história gira em torno de um garoto que vai auxiliar seu pai e o avô no trabalho.Além de descobrir o incrível trabalho que eles fazem, depara-se com a descoberta das pequenas desavenças e diferenças familiares, que no entanto não o fazem esmorecer diante dos imprevistos. Encontrando seu próprio modo de agir e ponto de vista sobre uma determinada situação, o pequeno além de aprender e crescer, ilumina a rotina de convivência entre seus mentores e todos saem lucrando com o aprendizado intra-familiar e o compartilhamento de diferenças que podem ser conciliáveis.
   
6- GERI`S GAME (O JOGO DE GERI)
Criativo, diferente, inteligente. Este curta de animação da Pixar, realmente surpreende. Nele, um velhinho joga xadrez num parque e curiosamente, joga consigo mesmo, como se fossem dois Geris jogando, o Geri astuto, ambicioso e provocador e o Geri engenhoso e tolerante. No entanto, a disputa vai ficando cada vez mais acirrada até que provoca uma reação imprevisível no Geri "bonzinho".  Quando tudo parece perdido, ele , além de se recuperar, vira o jogo de maneira inacreditável superando, no caso, a si mesmo.


7- Piper
Piper já foi apresentado no BLOG em um artigo só com ele como atração. A impecável animação, além de linda, mostra a história de um uma ave que instigada por sua mãe, precisa dar os primeiros em direção a auto-suficiência e aprender a se alimentar. Só que não é fácil para ele , pois morre de medo da água e é justamente nela que precisa encontrar o alimento. Piper vai lidar com seu medo, sua dependência e gradualmente enfrentar os percalços da aventura que se chama crescer, sempre auxiliado por amigos e sua mãe que o incentivam nesse contínuo aprendizado que é viver. Imperdível!



8- O PRESENTE                                                                                                                Além, de ter se baseado na obra de um brasileiro  (Fábio Coala) e ter ganho cerca de 50 prêmios, este curta é emocionante. Mostra a animação um garoto como tantos outros, aficcionado a vídeos-games que não pára de jogar, mesmo quando  mãe chega em casa lhe entrega uma caixa e lhe diz que tem um presente nela.Quando resolve abrir é surpreendido por um filhote de cachorro só com três patas, que no entanto, é alegre e não pára um minuto de brincar e tentar chamar a atenção do menino que à princípio não lhe dá chance. Mas, pouco a pouco a empatia vai surgindo e...o final é uma lição de vida, veja!  
                            










terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Abandono e Maus - tratos a Crianças - Onde está a Solidariedade?

O abuso infantil existe em todo o planeta em números enormes de casos - muitas vezes em diversos lugares, sempre crescentes. No Brasil também as estatísticas são horríveis. Os vídeos apresentados neste artigo são fortes e não sentimos a menor vontade de compartilhar. 

Vamos refletir um pouco sobre algo muito impactante e ainda demasiadamente triste: o abandono, abusos e maus-tratos praticados contra as crianças.O descaso com as crianças no mundo tem sido cada vez mais gritante e o Brasil não fica de fora dessa estatística absurda




Se partirmos do princípio de que o futuro pertence às gerações mais novas (de hoje), que tipo de futuro estamos projetando? e nãos estamos falando de um futuro longíquo, distante demais para nem levarmos em conta já que nem estaremos nele. Estamos falando de um breve futuro. Hoje destruímos nossa sociedade gradativamente com todo tipo de destruição que possamos imaginar (ecológica, social, econômica, emocional, etc) e também não cooperamos muito no que diz respeito ao que fazemos com as crianças.

          


O que posso fazer por crianças abandonadas?                                                                         
Sem entrar aqui no âmbito da situação de pobreza que agrava ainda mais o quadro da estigmatização da infância, falemos dos menores em situação de risco pelas ruas. Abandonados à própria sorte por seus pais em boa parte dos casos, marginalizando-se cotidianamente sem nenhum ou quase nenhum respaldo de autoridades com alguma atenuante do quadro. 

Dezenas de especialistas debruçam-se sobre o tema a fim de tentar aplacar a gravidade das repercussões sobre as próprias crianças e a sociedade. É preciso pensar em medidas que, se não puderem sanar o problema, que dêem às crianças oportunidades de ressocialização e inserção na vida cotidiana de maneira digna. Sem que precisemos sempre - às pressas - fechar as janelas do carro.

                            

E o estatuto da Criança e do adolescente, onde fica?

Infelizmente, o Estatuto da Criança e do Adolescente  (ECAnão tem conseguido a eficácia pretendida tendo em vista a finalidade de sua criação. Muito poucas ações efetivas em meio a imensa gama de problemas existentes em relação à criança e ao adolescente tem sido conseguidas. 

As Varas de Infância e Juventude estão lotadas de casos e junte-se a isso a morosidade da Justiça que agrava  mais a situação. Some-se a isso a intolerância da sociedade que, apavorada com o quadro de violência no país, alguns praticados por menores, não quer fazer parte dessa discussão, como se dissesse : "não é problema meu".

                                  

O que eu posso fazer para tentar ajudar de alguma maneira? 

Realmente, é muito difícil tomarmos atitudes práticas e eficientes, em curto prazo, que resolvam ma demanda tão carregada de sofrimento e repercussões. No entanto, podemos praticar gestos pelo menos "empáticos" em relação a um contexto tão ruim. Um deles é preparar as crianças , as "nossas crianças", para o aprendizado da solidariedade. De alguma maneira encontrar uma forma de ensiná-las a serem solidárias com a dor do outro.    
                                                                                                                
Talvez participar de campanhas de doações, ou comprar produtos que ajudem alguma instituição de amparo na sua cidade (em pontos reais, como uma padaria, livraria, mercadinho, etc Descubra um jeito seu e de sua família para ser legal com os menos favorecidos e diga, por exemplo, às crianças: "Olha, você tem tantos brinquedos incríveis, este ano no natal vamos separar alguns para doar em tal posto de coleta tal, para as crianças de tal lugar, etc". 
Ou você os ajuda a fazer um "cofrinho do dia das crianças" e vão comprar brinquedos novos para o filho do zelador, o filho da faxineira, etc. E nada de doar os quebrados e defeituosos! Neste estado não servem para nenhuma criança.                  

E que tal um aniversário de seu filho com o tema solidariedade? Não se assuste, há muitas mães, inclusive as famosas "celeridades", fazendo festinha de aniversário na qual o presente do aniversariante é a doação de uma lata de leite em pó por exemplo ... Nossos filhos sempre têm "tudo" não é mesmo?

Como se não fosse suficiente os maus-tratos, ainda há o "abandono afetivo

Embora não se possa obrigar ninguém, mesmo dentro de um ambiente familiar, a ter pelo outro qualquer tipo de afetividade, entretanto espera-se que o cuidador de uma criança seja afetuoso com ela. Seria o ideal, mas infelizmente muitas vezes, mais do que pesamos, não funciona assim. Mas, segundo a lei, ao menos obriga-se que este protetor (o cuidador) haja de uma forma que se mantenha a saúde física e psíquica desta criança. 

Ainda assim, em várias ações judiciais que correm nas varas de família pelo mundo e no Brasil também, muitos filhos começam a exigir na justiça que seus pais omissos afetivamente, lhes paguem indenizações por "abandono afetivo". O assunto é controverso e muitas polêmicas têm suscitado. No espaço público, essa questão do abandono afetivo é ainda mais grave.

                                 

Você conhece o Conselho Tutelar? Disque 100

O Conselho Tutelar é um órgão público ligado às prefeituras das cidades brasileiras.  Sua função é cuidar dos direitos das crianças e dos adolescentes, assegurando sempre o seu cumprimento. Cada município no Brasil deveria ter um Conselho Tutelar, tenta-se que essa meta seja cumprida. Ele é um órgão fixo, ou seja, não pode ser eliminado de maneira alguma. Como este órgão não é conexo ao Poder Judiciário, possui autonomia, quer dizer que pode tomar decisões sozinho.
Conselho Tutelar é composto de um total de ao menos cinco pessoas, destas, três devem ser eleitas pelos próprios cidadãos. Eles cuidam essencialmente da salvaguarda dos direitos básicos negados às crianças e adolescentes, além de ajudar na orientação dos familiares nos problemas e questões difíceis.


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