quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Programação Infantil

Desde que foi instituída a proibição de propaganda dirigida às crianças, a televisão aberta - que usufruía largamente destas propagandas em sua programação - foi gradativamente tirando do ar seus programas voltados às crianças. Hoje praticamente só existe a TV Cultura e o SBT com alguma programação para os pequenos. Na prática, a opção dos pais hoje tratando-se de programação infantil para entretenimento dos filhos, resume-se a Tv a cabo (paga), vídeos no Youtube e a Netflix (também paga). Vamos tentar analisar as consequências dessa situação.
Bem, à princípio, partamos do preceito de que não é adequado para as crianças assistir mais do que duas horas de programação por dia. Mas, todos nós sabemos que a maioria dos pais deixam muito mais que isso. É fato e é uma pena. Porquê? Porque, infelizmente, a programação dirigida às crianças quase sempre pecava pela baixa qualidade da oferta de conteúdo. Daí, deixar as crianças assistirem mais que duas horas de tevê por dia, implicava em deixar-lhes à vontade para ver programas ruins, inapropriados a elas, além de se expor a alguns riscos emocionais e intelectuais.

                                                          


O ideal seria a criança ter mais acesso a brinquedos e brincadeiras adequados à sua idade, bem como a interação com a família e amiguinhos: com o papai, a mamãe, a vovó e o vovô, tias, sobrinhos, a escolinha, leituras (feitas pelos adultos ou elas mesmas tentando), joguinhos, músicas, brinquedos, playground,  natação, etc. Opções anti-tevê não faltam, mas o exercício da paciência é uma questão fundamental, de todos aqueles que estão no círculo da criança. As crianças têm naturalmente a capacidade de atenção reduzida e afinal, o mundo é cheio de novidades para elas, tantas coisas para ver, tocar, sentir, cheirar,ouvir, perceber, observar, etc. Os envolvidos nos cuidados com as crianças devem estar motivados a entretê-las igualmente. 
                                


Muitos países têm regras muito mais duras do que as brasileiras quanto à programação televisiva para crianças. Alguns países da Europa só permitem na grade de toda sua tevê apenas duas horas por dia, o cuidado e a preocupação com o conteúdo é maior que o nosso. Nos Estados Unidos, há pediatras que recomendam "nenhuma televisão" até os dois anos.Tudo muito diferente daqui, que até bem pouco tempo atrás se colocava no ar cerca de oito horas de programação, entre desenhos animados, programas com apresentadores (as), filmes, outros. Estamos diante de uma nova perspectiva, há  mudanças tecnológicas acontecendo rapidamente, e aos poucos tentamos lidar com elas, pois estão muito  presentes no mundo das nossas crianças. Um ajustamento aos novos tempos sem abrir mão de nossos princípios é o ideal para minimizar os conflitos nesta decisão de enfrentar a difícil tarefa de oferecer conteúdos de qualidade para as crianças assistirem. 

                                   

Muitos dos programas que existiam para crianças não fazem a menor falta, principalmente hoje, que  os pais estão muito mais preparados e conscientes, com um espírito crítico aguçado para perceber o caráter bom ou ruim num vídeo, filme ou programa. Programas como Bozo, Xou da Xuxa, Tv Colosso, Carrossel, Os Trapalhões, Sítio do Pica Pau Amarelo, Castelo Rá Tim Bum, Milk Shake, X Tudo, Mara Maravilha, etc, são parte de um passado muito distante. Alguns se diferenciavam em termos de qualidade superior até para a época, outros tinham enormes defeitos, que nem imaginamos que pudessem ter mostrado o que mostraram - seja porque foram bobos demais, de mau gosto ou ruins como um todo, e poucos tinham algumas partes boas. Mas o foco agora é outro, temos que conhecer o que há atualmente em termos de programação para sabermos o que dispor aos pequenos.
                                           


Felizmente, as opções nas telas melhoraram muito em termos de conteúdo e da tecnologia usada.   O canal Cultura, da tevê aberta, continua trazendo bons programas nacionais e estrangeiras; no SBT há mais desenhos, alguns antigos; nas tevês a cabo também há muita variedade para escolher de acordo com a idade, são vários canais especializados; o canal Netflix também traz boas alternativas de entretenimento , basta olhar antes a faixa etária adequada. Os filmes infantis estão mais caprichados tecnologicamente e os roteiros em sua maioria são cuidadosos, com mensagens de empatia e respeito ao outro, mas alguns, claro, não valem o ingresso.

                                     
                                                  
Pepa Pig, Show da Luna, Backyardigans, Bita e os Animais, Pocoyo, Dora a aventureira, Bob Zoom,  Minions, , George o curioso, os adoráveis Caillou e Charlie e Lola, Vila Sésamo, além dos sucessos de público da Galinha Pintadinha e Patati Patatá, são boas opções (dentre outras) para os pequenos. Para os maiorzinhos há o Bob Esponja, Turma da Mônica, Hora de Aventura, Steven Universe, Os Pingins de Madagascar e até Padrinhos Mágicos (ainda passa!), dentre outros. Estes são desenhos animados, com episódios sequencias, mas há ainda dezenas de filmes longos, alguns excelentes, para todo gosto., inclusive para a família ver junto. Quanto ao YouTube, o adulto responsável é quem deve escolher com cuidado o que a criança vai ver.
                                           


Veja mais em : http://primeirainfancia.org.br/quem-se-preocupa-com-a-programacao-infantil-na-tv-aberta/  ;  https://br.guiainfantil.com/materias/cultura-e-lazer/tvos-efeitos-da-televisao-nas-criancas/ ;  http://delas.ig.com.br/filhos/criancas-de-ate-dois-anos-devem-assistir-televisao-opine/n1597651336107.html

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